Antes era a palavra, e a palavra era boa. Depois a palavra não ficou tão boa assim, e começaram a aparecer coisas que não tinham a menor relação com o que você estava procurando. Estou falando do Google. De vez em quando recorro ao Google para ou tirar alguma dúvida ou descobrir alguma coisa nova. Principalmente em programação, muitos erros eram facilmente explicados com uma simples pesquisa. Já na primeira página das respostas você poderia encontrar o que estava procurando. Hoje em dia, com zilhares de páginas sobre praticamente qualquer coisa, está cada vez mais difícil encontrar o que se procura. O Google diz que filtra as respostas por relevância, mas eu duvido. Um certo dia estava procurando por um erro em Java e encontrei um forum de um pessoal discutindo sobre placa de vídeo e a palavra da minha busca era, por acaso, parte do nome de um dos participantes do forum. Lá pela página 15 é que encontrei algo relevante ao assunto que estava procurando. Isso porque era algo bem específico, um erro e em Java.
Dizem que o próximo bilionário será um estatístico. Deverá existir um sistema melhor de busca que determine o que exatamente você procura, dentro de um contexto, e não saia jogando tudo que encontre pela frente com aquela palavra. Esse sistema baterá o Google. E o dono desse sistema será o novo bilionário da vez (opa, também faço previsões de ano novo).
Estou lendo um livro chamado “Numerati” que explica como esse monte de dados circulando por aí podem ser usados de maneira inteligente e específica para vender um produto ou direcionar à pessoa ao que se procura, muitas vezes sem que a pessoa saiba exatamente o que procura. Uma parte interessante que li neste livro é sobre um sistema que lê (e entende) blogs. Ele analisa algumas informações de quem bloga, como faixa etária, pelo estilo de narrativa (quantas pessoas terminam a frase assim !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!? ), e outras características. Esse sistema chama-se Umbria, da J.D.Power, e aparentemente serve para medir alguns impactos de produtos junto ao consumidor por meio de textos e comentários em blogs. Mais rápido e mais barato que pesquisa de mercado, porém muito direcionado (aos escritores e leitores de blogs).
Um sistema de supermercado também está sendo aprimorado para sugerir ao consumidor produtos em oferta de seu interesse, em um monitor LCD acoplado ao carrinho no momento da compra, enquanto ele passa pelo corredor com aquele produto.
Praticamente tudo está sendo analisado e comparado para conseguir traçar interesses comuns e ofertas certeiras. Por enquanto, a estatística está em alta, atingindo os pequenos grupos, mas acredito que futuramente a profissão mais exigida seria o psicólogo-estatístico, que entenderia o comportamento humano e os dados circulantes para determinar o próximo passo, descobrir aquilo que o consumidor poderá gostar de ter antes mesmo dele pensar que um dia precisaria daquilo. Hoje em dia esse profissional existe, mas são pouquíssimos e bem conhecidos, como Bill Gates e Steve Jobs, por exemplo. Minha previsão (lá vai outra) é que teremos cursos dirigidos a formar esse tipo de profissional. Recomendo mais uma vez um outro livro chamado "O Ócio Criativo", de Domenico de Masi, que fala muito sobre o profissional do futuro. Em breve farei um novo post com mais previsões, não saia daí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário