
Parece que existe um padrão identificável em todos os indivíduos considerados pela sociedade um caso bem-sucedido, e o grande segredo envolvido em todos esses casos é uma prática da atividade em questão por dez mil horas antes do sucesso, ou vinte horas por semana durante 10 anos (cerca de 3h por dia), no que o indivíduo se propôs a fazer. Um exemplo tratado é Mozart, que só compôs algo genial quando tinha 21 anos. “Àquela altura, Mozart vinha compondo concertos havia 10 anos”, diz Gladwell. Ele também cita exemplos como Bill Gates, e o não tão popular, mas igualmente famoso Bill Joy, da Sun Microsystems. Passa também pelos Beatles, e jogadores famosos de hóquei e basquete. O padrão das dez mil horas de prática se repete em todos eles, antes do sucesso. Esse estudo das dez mil horas foi feito por um neurologista chamado Daniel Levitin que conseguiu encontrar esse padrão de dez mil horas de preparação “... entre compositores, jogadores de basquete, escritores de ficção, esquiadores, pianistas, jogadores de xadrez, mestres do crime, seja o que for, esse número sempre ressurge.”
Além da prática, a sorte parece ser a regra para as pessoas de sucesso. Estar na hora certa e no lugar certo, agarrar a oportunidade que cai no colo parece ser bem comum entre os bilionários.
Numa tentativa de explicar se a inteligência tem algo a ver com os casos propostos, Gladwell relata que a inteligência tem um limite quando o QI atinge certo nível, não importando se este é 150 ou 200. Não seria possível medir quem é mais gênio, pois com mais de 140 a pessoa é suficientemente inteligente para ser considerada um. Não só o QI importa, mas existe a inteligência prática, como nomeia o autor a inteligência pragmática, atuante no saber dizer e para quem, saber quando dizê-lo para obter o máximo de efeito.
Um livro muito interessante e uma das frases que me fez refletir bastante é: “Tudo que aprendemos nesse livro nos diz que o sucesso segue uma rota previsível. Os bem-sucedidos não são os mais brilhantes. Se fossem, Chris Langan [o homem mais inteligente dos Estados Unidos] estaria no mesmo nível de Eistein. Também vimos que o êxito não se resume à soma das decisões e dos esforços individuais. Trata-se de uma dádiva. Os vitoriosos são aqueles que receberam oportunidades e que tiveram força e presença de espírito para agarrá-las”.
Recomendo a leitura. “A lição é bem simples. No entanto é impressionante a freqüência com que a ignoramos.”
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