segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Developeronomics

Bem vindo ao novo mundo! Desde 29 de outubro de 1969 às 22:30 está no ar a Internet (que se chamva na época ARPANET). Com ela, uma revolução em diversas áreas, desde pesquisas científicas até a própria ficção científica, que ganha realidade. Dentro dessa revolução em andamento surge uma novidade: O investimento em desenvolvedores de software, ou o início da Developeronomics. Esse termo li num artigo da Forbes escrito por Venkatesh Rao, que cita o investimento mais certo que as empresas deveriam fazer, que seria em um capital humano específico: Os desenvolvedores de software. 

Relacionado a esse tema, um outro artigo que li dessa mesma revista, chamado “Now Every Company Is A Software Company” (Agora toda empresa é uma empresa de software), mostra que (como o nome diz) as empresas, independente de serem industriais, são também empresas de software, e negar esse fato complica muito as coisas para a companhia. Pegando o exemplo da Ford, o artigo diz que a preocupação da Ford não é mais fazer carros, mas sim produzir “sofisticados computadores sobre rodas”, com softwares avançados e alta tecnologia embutidas num carro. Essa é a tendência, e não é uma moda passageira. Chegamos a um ponto em que o produto é medido de acordo com a tecnologia inteligente que ele oferece, seja na sua produção ou embutidas no próprio produto. Um outro exemplo é a FedEx, onde a informação do pacote é tão importante quanto o próprio pacote, e esta empresa emprega centenas de desenvolvedores que constroem seus programas para tal fim. Controle, acesso, informação, análise e velocidade são as palavras mais usadas nas empresas hoje, e todas dependem de software. Software, caso não saiba nosso leitor (que seria uma vergonha, mas vai saber né?), pode ser explicada facilmente com a piadinha infame: É a parte que a gente xinga. Hardware é a parte que a gente chuta. Software são os programas, que funcionam nos hardwares, que podem ser computadores, celulares, tablets, geladeiras, etc. 

Eu, como desenvolvedor, fiquei contente em ler a matéria da Forbes, pois tenho emprego garantido por um bom tempo, serei mais valorizado conforme o tempo passa e talvez não serei chamado de peão de luxo, como a maioria vê hoje os desenvolvedores (também chamados de programadores). Vi isso quando recentemente troquei de emprego. Resolvi sair do meu emprego e arrumei outros três em  uma semana. Pude escolher o que achei melhor. Isso prova que o Brasil está caçando profissionais qualificados em desenvolvimento de software, e, fazendo parte do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é agora a bola da vez, ganhando cada vez mais espaço no mercado de software mundial. 

Um amigo até comentou que em pouco tempo os programas serão desenvolvidos por Inteligência Artificial, não sendo mais necessário a alocação do profissional humano, mas acho que isso é muita ficção científica pro meu gosto. Como comentei com ele, imagina um DESC (demente especificador de software comum) especificando algo para que a Inteligência Artificial faça seu trabalho. Normalmente os DESC's não sabem o que querem, logo, teremos que dotar de consciência o computador, para interpretar o que o DESC realmente precisa. Acredito que não seja tão simples como o carro que dirige sozinho do Google, e vai levar um bom tempo que provavelmente não estarei mais por aqui quando acontecer. 

Talvez para quem não está no meio tecnológico não sinta tanto ou talvez não ache que essa movimentação está realmente acontecendo, mas claramente percebemos a revolução, inclusive no Brasil, que carece de mão de obra qualificada. Veja que temos gente desempregada e temos vagas abertas, porém a grande maioria das pessoas não conseguem preencher os requisitos mínimos para as posições que o emprego exige. Isso é triste, e mais triste ainda é não fazer nada, como nosso belíssimo se-faz-de-morto governo e nosso pacato povo brasileiro, que finge que não é com ele (Armless John). Profissões como advogado, médico, engenheiro, arquiteto, e outras seculares estão se adequando ao novo mundo. Hoje um médico dificilmente prescreve algum medicamento sem um exame computadorizado (tirando os pronto-socorros, onde só vão pessoas que estão com virose ou stress), ou um advogado que hoje pesquisa seus casos usando o computador. Enfim, todos precisam dos softwares adequados para seu trabalho, e não saber manejar esse software coloca em risco a realocação desse profissional no mercado de trabalho. O analfabetismo digital é preocupante, e infelizmente não há muita esperança para quem não maneja um software de sua profissão. Incentivo quem quer ser um programador, como no meu teste vocacional elaborado que postei aqui, e ainda acho que essa profissão é um excelente negócio, mas tem que passar no teste, caso contrário, esqueça.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bom que não desistiu de escrever!!! Adooooroooo!
Beijo, Paty

Anônimo disse...

ô Rodrigo legal q continua a escrever,não desista nunca,gosto muito de ler,td q vc escreve.

Beijos!!!!

Estela Maria