domingo, 7 de março de 2010

Moon

Sam Bell e Gerty. Dois companheiros a bordo da estação espacial na lua extraindo um gás chamado Helium 3, que é a resposta para o problema de energia da Terra. A empresa Lunar fez um contrato de três anos com Sam, e Gerty não precisa voltar, pois é um computador. Esse enredo pode parecer batido, mas o que acontece nesse filme de Duncan Jones é surpreendente. O filme não trata de explosões, tiros e sexo, portanto se você é um fã de filmes de ação (e gosta de Big Brother) esqueça. O filme é para pensar. Assim como 2001 uma Odisséia no Espaço, algumas coisas não são ditas, mas facilmente interpretadas. O filme é filosófico, e nos mostra mais uma vez um futuro possível. No que as pessoas estão se tornando. No que as empresas controladas por pessoas estão parecendo. O filme é excelente, do meu ponto de vista. Sei que a maioria prefere não pensar. Prefere sentar no sofá e reclamar que amanhã é segunda-feira. Preferem não fazer nada. Eu também sou assim, e isso me chateia, mas pelo menos gosto de filmes alternativos.

O diretor Duncan Jones (que é diretor, roteirista e também filho de David Bowie) propõe além da exploração do gás lunar também uma exploração pessoal. Nos limites do ser humano, isolado em uma estação espacial com sua esposa e filha na Terra esperando por sua volta, Sam é tomados pelos efeitos do confinamento. A comunicação dentro da base é feita por gravações refletidas em Júpiter, já que a antena principal está destruída, completando assim a solidão. Não dá para não perceber a semelhança de Gerty, o computador da estação, com HAL 9000, só que Gerty é mais gente boa, dublado por Kevin Spacey. Sam, que tem seu contrato vencendo em duas semanas, após três anos de isolamento, começa a ter alucinações e é aí que a coisa toda começa a ficar interessante.

Para quem gosta de ficção científica, esse filme é essencial. De baixo orçamento, acabou saindo direto para DVD no Brasil, porém não demonstra ter custado somente 5 milhões de dólares. Os efeitos e tomadas externas são de primeira, embora a maioria das tomadas acontece dentro da base lunar Sarang, que “por acaso” significa “amor” em coreano.

Recomendo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah! Rodrigo eu gosto de Big Brother
por isso não vou gostar deste filme

Estela Maria.

Cristiano Silva disse...

Nossa, que legal, vou procurar alugá-lo.